“Caminhos” N. 1 (2020)
Folha ressecada e conservada, coletada pelos caminhos na cidade de Botucatu (SP) e Foz de Iguaçu (PR).
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“Caminhos” N. 2 (2020)
Folha ressecada e conservada, coletada pelos caminhos na cidade de Botucatu (SP) e Foz de Iguaçu (PR).
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“Caminhos” N. 3 (2020)
Folha ressecada e conservada, coletada pelos caminhos na cidade de Botucatu (SP) e Foz de Iguaçu (PR).
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“Caminhos” N. 4 (2020)
Folha ressecada e conservada, coletada pelos caminhos na cidade de Botucatu (SP) e Foz de Iguaçu (PR).
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As folhas foram coletadas ao longo do ano de 2020, antes e durante a pandemia do covid-19, em Botucatu e Foz. Ao fazer essa série de quatro fotos eu relembro de como foi mudar pra Foz de Iguaçu para fazer faculdade, e de como foi um novo ciclo que se abriu na minha vida, onde aprendi muito. Conheci pessoas maravilhosas e suas culturas díspares, senti afetos e trocas que levarei pro resto da vida, e obtive muitas lições e aprendizados. Muitos caminhos foram traçados. Alguns não deram certo, outros deram, certas vezes com leveza, mas também teve sua porção com outros pesos.
Tudo isso faz parte da constante de se estar vivendo, assim como os processos pelo que passamos, pelas dificuldades e pelas felicidades, e esses momentos que vivi levarei no meu peito e utilizarei com sabedoria ao trilhar novos caminhos.
Relaciono esses caminhos que passei e os que ainda viverei com as nervuras foliares e os limbos dessas folhas, de como eles se cruzam e se conectam, se interpõem e se transpassam, como se eu fosse uma de suas manchinhas prestes a subir e descer, e depois virar e pegar outro caminho, onde uma nervura se conecta a outra pelos limbos, passando pelas partes que possuem outras cores e pelos pontos de diferentes texturas, assim como me conectei e me conectarei com os caminhos, os lugares e as pessoas que conheci e conhecerei, como se fosse um mapa de possibilidades do passado, presente e futuro de minha vida.
A terceira folha em especial me recorda também à imagem de uma foice, que me lembra a carta da foice presente em baralhos ciganos, o que é significativo pra mim, pois estudo as cartas, e me conecto à essas egrégoras espirituais. Essa carta no baralho pode simbolizar o fim de ciclos e o início de outros, vida-morte-vida, renovações e mudanças. Ela proporciona a possibilidade dos renascimentos e da abertura a novos caminhos, o que para mim se relaciona de certa forma à interpretação que tenho sobre as nervuras e limbos das folhas. Pra mim é uma folha que tem sua própria magia, e guardo com muito carinho.
Imagem demonstrativa das nervuras foliares e dos limbos.
Link da foto acima: http://mavracafo.blogspot.com/2010/07/folha.html
“O que a natureza desnuda eu incorporo” (2019)
Thiago Daltin e Carinne Lira
Foto-performance e colagem digital com imagens de Carinne Lira com um galho de árvore seco.
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Essa foto-colagem é proveniente das fotografias tiradas da foto-performance “O que a natureza desnuda, eu incorporo”, realizada em parceria e afeto com a artista Carinne Lira, na disciplina “Curso Monográfico em Artes Visuais”, na UNILA, no segundo semestre de 2019.
Senti a vontade de reutilizar essas imagens e montar algo novo pra poder anunciar sobre o início dessa minha jornada de pesquisa, onde nessa matéria foi a primeira vez que pude experienciar isso de forma consciente com a minha arte, e trouxe um outro início pra mim.
O processo em si foi ótimo e fluido e conseguimos um resultado lindo, fico muito contente ao recordar. Só tenho a agradecer pela experiência e pelo afeto.
“A Cura Pelo Afeto” N. 1 (2020)
Foto-performance e colagem digital com imagens do corpo de Thiago abraçando um montante de folhas secas ainda penduradas em uma bananeira.
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“A Cura Pelo Afeto” N. 2 (2020)
Foto-performance e colagem digital com imagens do corpo de Thiago abraçando um montante de folhas secas ainda penduradas em uma bananeira.
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Essas fotos foram feitas a partir de uma proposta de um dos encontros virtuais desse projeto, já dentro da pandemia do Covid-19, e após realizar a iniciação pedida na proposta, o que me chamou a atenção foram essas folhas secas na bananeira de casa e como elas formavam uma espécie de roupa/casulo que poderia me cobrir dos pés à cabeça. E quis me fotografar dentro delas, e logo após, abraçá-las.
Penso no que o abraço representa, e na força que um abraço tem. No amor que pode gerar em nós. Sinto o abraço da terra, e a potência do carinho materno, e de como o abraço de minha mãe parece derrubar todas as minhas inseguranças e meus problemas, me acolhendo em seus braços como se fosse seu colo por mais uma vez. Seu afeto me nutre e me cura. O amor cura.